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Descrição:
Os Baniwa fazem cestaria decoradas com grafismos há muito tempo.
Ainda hoje em todas as nossas comunidades utilizam diariamente vários tipos de trançados de arumã para processar a mandioca brava, base da sua alimentação.
Os Baniwa usam os waláya makapóko = balaios grandes, para recolher a massa de mandioca (antes e depois de espremer no tipiti) e para servir beiju e farinha nas refeições. Serve de suporte para presentear com frutas e outros alimentos.
O balaio pode ser utilizado como decoração na parede e mesa, e também como cesta para pães e frutas ou para colocar a correspondência recebida em casa.
Sobre os Baniwa:
Os Baniwa vivem na fronteira do Brasil com a Colômbia e Venezuela, em aldeias localizadas às margens do Rio Içana e seus afluentes Cuiari, Aiairi e Cubate, além de comunidades no Alto Rio Negro/Guainía e nos centros urbanos de São Gabriel da Cachoeira, Santa Isabel e Barcelos (AM). Já os Kuripako, que falam um dialeto da língua baniwa, vivem na Colômbia e no Alto Içana (Brasil).
Ambas etnias aparentadas são exímias na confecção de cestaria de arumã, cuja arte milenar lhes foi ensinada pelos heróis criadores e que hoje vem sendo comercializada com o mercado brasileiro. Recentemente, têm ainda se destacado pela participação ativa no movimento indígena da região. Esta corresponde a um complexo cultural de 22 etnias indígenas diferentes, mas articuladas em uma rede de trocas e em grande medida identificadas no que diz respeito à organização social, cultura material e visão de mundo.
Arte Baniwa:
A arte feita da fibra de arumã é vista como arte cultural milenar. A matéria prima é oferecida pela natureza e na confecção manual baseado na simplicidade, podemos conhecer essa arte criada e mantida por pessoas que dominam as técnicas básicas adquiridas entre as famílias, passando de geração em geração, com diversos tipos de trançados, que possui um significado simbólico concernente à identidade cultural dos povos nativo Rionegrino.
As mulheres banwa usam cestaria de arumã na roça e, sobretudo, na preparação dos alimentos à base de mandioca. A comercialização dessa arte, objetiva complementar a renda familiar por meio de uma produção de qualidade, ao mesmo tempo em que incentiva os saberes tradicionais, o fortalecimento da valorização da identidade indígena, agregando a originalidade da cultura, costumes e tradições.
A cestaria de arumã é tradicionalmente um trabalho masculino, como a maior parte das tarefas artesanais, entre elas fabricar ralos de madeira, canoas e remos, além de pescar, (secundariamente) caçar, construir casas, limpar caminhos e preparar armadilhas de pesca.
A Etnias Mundi é uma loja que busca reunir os conceitos de sustentabilidade, consumo consciente, ancestralidade e trabalhos manuais de alta qualidade a fim de construir uma curadoria de objetos que mudam o mundo e seguem os valores do comércio justo gerando impacto positivo nas comunidades e famílias de artesãos. Nós acreditamos que objetos feitos à mão carregam muito mais do que a estória e as raízes de cada povo. Eles ajudam famílias, valorizam a diversidade, mantêm a cultura viva, mas principalmente, eles levam para onde forem, o cuidado de quem fez.
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